terça-feira, 6 de setembro de 2016

Longe de casa (em uma nova casa)!

Ravenna - Seattle, WA
Ser um Fulbrighter é abrir mão, por um período de tempo, do contato físico com a família e amigos. Sou muito apegada à minha família e amigos. Confesso que antes dessa aventura começar eu não sabia exatamente como seria ficar longe de todos eles de uma só vez. Ainda estou vivenciando essa sensação. Mas, hoje refleti um pouco sobre isso.

Tenho superado de forma bem mais tranquila do que imaginava, acho que hoje foi o dia em que a ficha caiu. Não estou passando apenas alguns dias em Seattle, WA e logo voltarei para casa. Não! Serão 10 meses longe de casa. Bem, relativamente longe de casa, pois, aqui também estabeleci um lar e o ciclo está começando novamente: nova casa, novos amigos, vizinhaos, universidade, tudo novo. Sentia muito receio de que esse novo se tornasse velho muito rápido e logo batesse aquela saudade do Brasil. A saudade já veio e virá muitas vezes, mas, acho que quando esse novo se tornar velho terei a mesma sensação de deixar algo para traz, novamente, porque estará na hora de voltar.

Por isso, fiquei pensando no quão privilegiados somos por termos tecnologias de informação e comunicação tão avançadas. Nós, os 25 Fulbrighters espalhados pelo Brasil e agora pelos Estados Unidos, comunicamo-nos diariamente para esclarecer dúvidas, contar histórias, compartilhar experiências, fotos, rir, etc. Da mesma forma, tenho me comunicado todos os dias com minha família e amigos (skype, whats app, facebook, facetime, etc) e, ainda que pela internet, a sensação é de que estamos muito perto. Como é que as pessoas viviam longe de casa apenas com telefone e pagando tarifas altíssimas (rsrsrs)?

Tudo isso mostra que precisamos aproveitar cada segundo dessa experiência única que nos foi proporcionada, mais do que isso, que nos foi confiada. Buscamos conhecimento e experiência cultural para compartilhar com os nossos quando voltarmos para o lugar que chamamos de casa. 

Um comentário:

  1. Ainda estou na fase da "ficha não caiu", Paula...rsrsrsrs. Bom que temos uns aos outros para dividir as angustias :)

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